Algumas cordadas de escalada tradicional têm como hábito deixar o guia livre de qualquer material que não seja aquele que será usado para guiar a próxima enfiada. Então, a mochila contendo o material extra, água, alimentos, etc, nesses casos, é carregada pelo segundo escalador que, na maioria dos casos, tem o trabalho menos arriscado de limpar a via.
Mas quem faz esse trabalho sabe que as coisas não são tão fáceis assim. Por mais que ele venha com segurança do guia, fazer travessia carregando muito peso pode se tornar uma tarefa um tanto quanto delicada e potencialmente perigosa.
Uma queda em que haja um pêndulo pode tirar o escalador da via de tal forma que a sua volta fique bastante comprometida. Esta é uma técnica que tem como objetivo principal aumentar a segurança do segundo escalador da cordada, evitando que ele pendule em travessias.
Ela deve ser aplicada onde haja grampos que permitam a parada do escalador, e que estejam localizados a uma distância do guia que não ultrapasse à metade do comprimento da corda. Esta é uma situação extrema onde o segundo escalador de uma corda de 50m, por exemplo, deve estar, no máximo, à uma distância de 25 m do guia numa travessia. Para cordas de 60m, a distância máxima deve ser de 30m.
Quando o segundo escalador estiver nesta condição, ele deve se ancorar no grampo e retirar a costura nele localizada. Então o seu nó de encordamente é desfeito e a corda é passada por dentro do olhal do grampo. Nesta etapa o escalador deve ter muita atenção para dois detalhes, o primeiro é não se desencordar sem antes ter certeza que está seguramente ancorado no grampo, e segundo, tomar cuidado para não deixar a corda solta, evitando que ela caia e fique em posição de difícil acesso. Depois de ter observado tudo isso, refaz-se, então, o nó de encordamento no baudrier. O passo seguinte é ter devidamente presa ao baudrier uma ancoragem de tamanho menor, e utilizá-la para se prender na corda que vem da segurança do guia (veja a figura abaixo). Novamente é importante que o escalador tenha muita atenção para não se desancorar do grampo sem antes estar devidamente preso à corda de segurança pela ancoragem menor e estar novamente encordado.
A segurança do guia será feita utilizando os métodos tradicionais. O que muda é que ele terá que liberar a corda aos poucos ao invés de recolhe-la.
Para travessias diagonais, deve-se utilizar algum nó, como o prussik, ou equipamento auto-blocante, com a mesma função conectado à corda de segurança que vem do guia. Boa escalada!
Fontes: Montblanc Brasil
http://www.escaladanoceara.com.br/artigos/9.php
Mas quem faz esse trabalho sabe que as coisas não são tão fáceis assim. Por mais que ele venha com segurança do guia, fazer travessia carregando muito peso pode se tornar uma tarefa um tanto quanto delicada e potencialmente perigosa.
Uma queda em que haja um pêndulo pode tirar o escalador da via de tal forma que a sua volta fique bastante comprometida. Esta é uma técnica que tem como objetivo principal aumentar a segurança do segundo escalador da cordada, evitando que ele pendule em travessias.
Ela deve ser aplicada onde haja grampos que permitam a parada do escalador, e que estejam localizados a uma distância do guia que não ultrapasse à metade do comprimento da corda. Esta é uma situação extrema onde o segundo escalador de uma corda de 50m, por exemplo, deve estar, no máximo, à uma distância de 25 m do guia numa travessia. Para cordas de 60m, a distância máxima deve ser de 30m.
Quando o segundo escalador estiver nesta condição, ele deve se ancorar no grampo e retirar a costura nele localizada. Então o seu nó de encordamente é desfeito e a corda é passada por dentro do olhal do grampo. Nesta etapa o escalador deve ter muita atenção para dois detalhes, o primeiro é não se desencordar sem antes ter certeza que está seguramente ancorado no grampo, e segundo, tomar cuidado para não deixar a corda solta, evitando que ela caia e fique em posição de difícil acesso. Depois de ter observado tudo isso, refaz-se, então, o nó de encordamento no baudrier. O passo seguinte é ter devidamente presa ao baudrier uma ancoragem de tamanho menor, e utilizá-la para se prender na corda que vem da segurança do guia (veja a figura abaixo). Novamente é importante que o escalador tenha muita atenção para não se desancorar do grampo sem antes estar devidamente preso à corda de segurança pela ancoragem menor e estar novamente encordado.
Deste modo, a corda de segurança é mantida sempre próxima ao corpo do segundo escalador, quem em caso de queda não irá pendular; ficará preso à corda pela ancoragem.
A segurança do guia será feita utilizando os métodos tradicionais. O que muda é que ele terá que liberar a corda aos poucos ao invés de recolhe-la.
Para travessias diagonais, deve-se utilizar algum nó, como o prussik, ou equipamento auto-blocante, com a mesma função conectado à corda de segurança que vem do guia. Boa escalada!
Fontes: Montblanc Brasil
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