Começo de conversa... Qualquer um que já escalou, se parar para refletir, perceberá que provavelmente já na sua primeira escalada a corda salvou sua vida, ou, no mínimo, evitou que se machucasse. A corda é como a fina linha da vida e tem fundamental importância dentro do nosso esporte.
Este artigo enfoca as cordas especiais para a escalada, as chamadas cordas dinâmicas. As cordas dinâmicas tem as características fundamentais para escalada por terem um pouco de elasticidade e uma grande capacidade de absorver impactos. Essas são características vitais para uma corda de escalada, mas que não são desejáveis em outras aplicações, como por exemplo o canyoning e a espeleologia. Nestes esportes, a corda é usada basicamente para rapel e ascensão através da corda com uso de nós blocantes (prussik e machand por exemplo) ou equipamentos ascensores (como o Ascender e Croll da Petzl ou o Jumar americano). Para o canyoning, para a espeleologia e para o rapel de forma geral, deve-se utilizar cordas estáticas, que possuem o mínimo possível de elasticidade e não possuem capacidade de absorção de impacto. No rapel e na ascensão pela corda, a elasticidade permite que a corda estique e se contraia, fazendo um perigoso vai e vem da corda roçando sobre quinas e arestas, que podem assim cortá-la com facilidade, tornando as cordas dinâmicas inapropriadas e perigosas. Por outro lado, escalar com corda estática é loucura, pois ao segurar uma eventual queda, ela, por não absorver impacto, transmite ao escalador, às ancoragens e todo sistema forças muito grandes. Muito maiores do que uma corda dinâmica na mesma situação faria. Isso é extremamente perigoso, pois pode desde arrancar ancoragens, machucar o escalador devido à fortíssima força de impacto, ou até mesmo romper a corda. Portanto, escalada SÓ com corda dinâmica, espeleo, canyoning e rapel SÓ com corda estática.
Os primórdios
As primeiras cordas eram feitas de cabelo de cavalo. Depois surgiram as feitas de fibras vegetais, como o cisal e o cânhamo. Eram essas as cordas utilizadas nos primórdios do montanhismo, mas que seguramente não exigiam tanto da corda quanto a escalada em rocha atual. Mesmo assim, são conhecidos casos nos Alpes de cordas que se arrebentaram, e muitas vezes provocaram acidentes horríveis. Após a II Guerra, concluiu-se através de pesquisas impulsionadas pela guerra que o nylon possuía características de resistência, elasticidade e durabilidade superiores a qualquer fibra natural, e a partir de 1945 as cordas começaram a ser fabricadas de nylon, ou perlon, nome comercial de um tipo de nylon. No entanto, nessa época as cordas tinham sua forma construtiva bem diferente das de hoje. Elas eram feitas por 3 ou 4 sub-cordas torcidas, em uma arquitetura semelhante a que se usa hoje em dia para as cordas de cisal e aquelas de polipropileno azul. Esse arranjo era conhecido como 'goldline'. Essa arquitetura era extremamente resistente, mas tinha muita elasticidade (esticava como um elástico) e sua maneabilidade e usabilidade eram ruins. No começo da década de 70 surgiu a arquitetura que usamos hoje, a de capa e alma. Trata-se de uma série de sub-cordas trançadas individualmente e acondicionadas dentro de uma capa tubular também de nylon. Cada uma dessas sub-cordas é uma alma, e usualmente as cordas modernas tem cerca de 12~13 almas, dependendo do diâmetro e fabricante. O comprimento padrão antigamente era de 45m, mas isso mudou e hoje em dia o comprimento mais comum é de 50m, apesar de que as cordas de 60m andam ganhando espaço ultimamente. Os diâmetros para cordas de escalada estão em geral entre 9,5 e 11mm. Existem cordas mais finas, de 8,5 e 9mm mas que devem ser sempre usadas duplas (twin ropes ou half ropes como veremos mais adiante).
O desenvolvimento atual e principais tipos existentes
Hoje em dia a UIAA (União Internacional de Associações de Alpinismo, sediada na França-veja o site da UIAA na seção de links do Hang On) possui uma norma bastante severa para as cordas de escalada vendidas comercialmente. Não se tem conhecimento de uma corda aprovada pela UIAA que tenha se rompido devido a uma queda, por maior que seja. Sim, existem casos de cordas que se rompem, mas em geral ocorrem quando a queda está associada a uma quina, aresta cortante, queda de rochas, etc. A grande maioria das cordas encontradas hoje em dia no comércio são extremamente confiáveis e suplantam as rigorosas exigências da UIAA. No entanto, entre cada modelo e fabricante existem consideráveis diferenças de durabilidade, resistência à abrasão, neutralidade à torção e maneabilidade da corda. Infelizmente esses parâmetros não vêm na etiqueta da corda de uma maneira quantitativa, levantada a partir de testes. Pior que isso, aquela corda que novinha na loja é bastante maleável depois de algum uso pode ser tornar dura e torcida... O melhor é sempre ter referências do fabricante com outros escaladores que já tiveram cordas da marca ou recorrer à revistas especializadas do exterior, que já publicaram testes de cordas que não são meramente laboratoriais, mas sim práticos e impuseram às cordas um uso normal por um certo tempo.
A redução do impacto de uma queda através do efeito de amortecimento da corda é fundamental tanto para o escalador quanto para os equipamentos e ancoragens. A UIAA regulamenta as cordas de escalada basicamente através de dois testes (os mais importantes pois dizem respeito diretamente à performance).
No primeiro, chamado de chute UIAA, prende-se um peso de 80Kgf à ponta de um pedaço de corda com 2,80m. Simulando uma queda em ponta de corda, uma ponta é fixada à uma ancoragem, 50cm acima passa-se a corda por uma costura (simulando o 1º pino) e posiciona-se o peso 2,3m acima dessa costura (como se o guia estivesse 2,3m acima do último pino). O teste constitui em soltar o peso simulando uma queda várias vezes consecutivas até que a corda arrebente. Ao ser aparado pela corda, o peso está à uma velocidade de 36Km/h e a duração da queda é aproximadamente 1 segundo. O número de quedas que a corda suporta até arrebentar é o resultado do teste. Assim, uma corda 8 chutes UIAA suportou oito quedas nas condições acima sem arrebentar. Para ser aprovada pela UIAA, uma corda deve suportar no mínimo 5 chutes.
Figura: Esquema montado para o teste UIAA.
Cabe ressaltar que este é um teste extremamente severo, e que a classificação da corda ser 8 chutes UIAA não significa que ela suporte apenas 8 quedas do guia. Antes de prosseguir com esta explanação vamos definir o conceito de fator de impacto, cujo entendimento é básico e fundamental a qualquer um que queira pratica a escalada. Fator de impacto é uma relação entre o comprimento de corda corrido entre guia e o escalador que está fornecendo sua segurança dividido pela altura da queda do guia (o dobro da distância deste até a ultima costura que ele fez). Assim, o fator de impacto exprime para uma queda o quanto a corda poderá absorver de impacto. Assim, como no caso dos chutes UIAA, cair aproximadamente 5 metros com apenas 2,8m de corda corridos resulta em um fator de impacto de 1,78. Em uma queda de também 5m só que depois de 40m de corda corridos o fator de impacto cai para 0,125. No primeiro caso, do teste UIAA, existe muito menos comprimento de corda para atuar como um amortecedor, enquanto que no segundo caso existe 40m de corda para se alongar e absorver o impacto. Com base no fator de impacto podemos concluir que no começo das vias deve-se colocar as ancoragens/costuras mais próximas umas das outras, procurando que o fator de impacto não passe de 1 (fatores maiores que 1 são considerados críticos e devem ser evitados a todo custo). Conforme se afasta da base da via pode-se começar a espaçar as ancoragens/costuras.
Fator de impacto = Altura da queda (dobro da distância do guia até a última costura)
Comprimento total de corda existente entre o guia e o segurança
Figura: Croqui de uma via com as suas ancoragens e o fator de impacto associado a cada ponto.
Assim, no caso dos chutes UIAA, temos Fimpacto = 5m/2,8m = 1,78. Trata-se de um fator de impacto extremamente severo. Além disso, no teste as quedas solicitam a corda sempre no mesmo ponto, o que muito dificilmente ocorre em uma situação real.
No caso do teste UIAA para cordas duplas (Twin Ropes), utiliza-se uma massa de 66Kg ao invés de 80Kg, como nas cordas simples.
Outro teste UIAA é a força de impacto, onde sob as mesmas condições de queda do teste anterior (Fimpacto = 1,78), é medida qual é a máxima força transmitida à corda e, por ação e reação, também ao escalador e restante do sistema. A medida é feita através de um dinamômetro de máximo, preso entre a corda e o peso de 80 Kgf. A força medida seria o pico da força de impacto que o escalador receberia (e todo restante do equipamento por reação) no caso de uma queda de fator de impacto 1,78. Diferentes alturas de queda com o mesmo fator de impacto tem a mesma força de impacto, ou seja a força de impacto depende do fator de impacto e não da altura da queda unicamente. O teste impõe a condição de fator de impacto 1,78, sendo assim, quanto menor a especificação de força de impacto de uma corda melhor, tanto do ponto de vista do equipamento e das ancoragens como também para o escalador no que diz respeito ao "conforto da queda". Portanto deve-se procurar cordas com um grande Nº de chutes UIAA e pequena força de impacto, pois estas serão as que possuem melhores características de absorção de impacto. Em geral, as boas cordas de escalada são tem entre 6 a 9 chutes UIAA e força de impacto em torno de 900Kgf.
Outros testes não fazem parte dos testes mínimos para obter o selo UIAA e são realizados apenas por alguns fabricantes mais conceituados. São eles os mais significativos:
- Teste de ruptura com carga estática- é aumentada gradativamente a força aplicada à corda até a sua ruptura, que em geral está em torno/acima dos 2000Kgf. A corda é tencionada por dois rolos de grande raio, de modo que todas suas fibras sejam tencionadas igualmente ao longo da seção da corda.
Figura: Teste ruptura estática.
- Teste de ruptura sobre quina - sobre quinas, e portanto fazendo curva, as fibras da corda não são solicitadas de forma igual. As fibras externas da curva são mais solicitadas que as internas, o que leva na prática a uma redução da resistência da corda. O teste de ruptura sobre quina vai gradativamente solicitando a corda que está fazendo uma curva de 105º sobre um mosquetão (que faz o papel da quina) até que ela se arrebente. Um mosquetão de diâmetro 10mm (que é o usual) nestas condições reduz em 30% a carga de ruptura da corda em relação ao teste de ruptura estática (acima). Caso a quina seja mais aguda do que isso, a resistência também será menor.
Figura: Teste de ruptura sobre quina.
- Teste de ruptura em nó - Pelo mesmo motivo da solicitação sobre quina, o nó apresenta uma resistência menor do que a corda sem nó. Este teste aplica gradativamente carga sobre uma corda presa com um nó até sua ruptura. O teste distingue os nós em dois tipos, os de conexão (para juntar duas cordas, como o pescador duplo por exemplo) e os de laço (usados em cadeirinha, etc... como o oito duplo). Para o teste de nós de conexão, utiliza-se o mesmo esquema para carga de ruptura estática, só que com um nó entre os dois rolos. Cada tipo de nó apresenta uma perda de resistência diferente.
Figura: Teste de ruptura em nó de conexão (emenda).
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- Para os nós de laço, aplica-se o nó em torno de uma ancoragem com diâmetro 10mm, como um pino por exemplo, e tenciona-se a ponta da corda com um rolo de grande raio.
- Teste de maleabilidade- Aplica-se uma carga de 10Kg por um minuto sobre uma corda com um nó tipo overhand. Após isso, reduz-se a carga para um quilo e mede-se com uma cunha cônica o diâmetro interno do nó. Quando menor o diâmetro, mais maleável é a corda, característica esta desejável. A relação entre o diâmetro interno do nó e o diâmetro da corda deve ser menor que 1,1.
Figura: Teste de maleabilidade
- Teste de alongamento - Os padrões máximos de alongamento para uso normal são de 8% para cordas simples e 10% para cordas duplas (twin e half ropes). O teste é feito da seguinte maneira para as cordas simples:
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- Depois de deixar a corda com uma carga de 80Kg por 10 min e mais 10 min sem carga alguma, é aplicada uma pré-carga de 5Kg e marcado na corda um pedaço com 1m de comprimento. Finalmente é aplicada a carga de 80Kg novamente e novamente medido o pedaço marcado, que tinha 1m apenas com a pré carga. Dividindo-se o comprimento inicial pelo comprimento do mesmo trecho alongado obtém-se a taxa de alongamento.
Figura: Teste de alongamento.
- Medida do diâmetro da corda- Por não possuir uma seção perfeitamente circular, a medida exata do diâmetro é difícil. Assim, normalizou-se que são tomadas duas medidas do diâmetro e o diâmetro nominal é a média entre elas. Para cordas simples toma-se as medidas com uma carga de 10Kg, 6Kg para cordas simples e 4Kg para cordins.
Figura: Exemplos de especificação de dois diferentes fabricantes de corda.
Outras características e inovações
Também criou-se um tratamento de impermeabilização de cordas, que evita que ela absorva água e fique encharcada. Uma corda que recebeu este tratamento é chamada de dry (seca), e em geral custa entre 20 a 30 dólares a mais. Para escaladas onde se encontre gelo e neve este é um requisito fundamental. No nosso caso, de escaladas tropicais, este tratamento não é tão importante, apesar de conferir uma resistência à abrasão ligeiramente maior (testes indicam 33% mais resistentes). Os primeiros tratamentos eram feitos à base de parafina, mas logo saiam. Depois surgiram os que são à base de silicone, mais duradouros. Por fim, o mais recente e melhor é o feito à base de fluoroquímicos. No entanto, nenhuma corda vai ser dry para sempre, por melhor que seja seu tratamento.
Existem cordas que mudam o padrão de cor da trama no meio, como uma forma de marcar, de maneira confiável e permanente, o meio da corda. O hábito de marcar o meio da corda com fita adesiva é perigoso, pois essa pode ser arrastada alguns metros pelo freio em um rapel ou top rope, e colocar o escalador em uma situação de rapel difícil.
Também existem cordas com um diâmetro maior perto das extremidades, áreas supostamente mais solicitadas que o resto, pois é onde a corda dobra sobre o mosquetão da costura em uma queda. Ambas são características interessantes, mas esteja preparado para pagar a mais por isso.
A medida do diâmetro das cordas dinâmicas, na sua maioria, variam entre 9,5 e 11 mm quando vão ser usadas simples. Cordas mais finas são utilizadas sempre em par ( duas cordas ), chamada então de corda dupla, twin rope ou double rope ou ainda half rope. A maioria dos equipamentos também é projetada para estas medidas de corda simples, portanto, não tente usar um Grigri com uma corda de 9mm.
A corda dupla é adequada para usos onde a escalada ofereça riscos de ruptura da corda, grandes quedas e a existência de quinas e arestas cortantes. Esse sistema de corda dupla possui uma maior resistência à abrasão e corte sobre quina, devido à maior superfície de contato entre rocha e corda (somadas as duas cordas). Também oferece como uma grande vantagem que o rapel é feito no mesmo comprimento da cordada, em outras palavras, o que se consegue escalar em uma cordada é o mesmo que se consegue descer em um único rapel. Com cordas simples só se pode fazer rapéis de metade do comprimento da corda. Estas características tornam as cordas duplas bastante adequadas para escaladas livres de várias cordadas e escaladas alpinas. Elas não são adequadas para Big Wall, artificial, ou outras modalidades onde se tenha que jumarear pela corda. Outra vantagem das cordas duplas é no caso de uma cordada de três escaladores. O guia sobe assegurado pelas duas cordas, e uma vez estando no topo da cordada, pode se utilizar de técnicas e equipamentos específicos para cordas duplas e dar segurança para os outros 2 ao mesmo tempo, cada um vindo por uma corda. As cordas duplas são demasiado finas para guiar com apenas uma, mas estão bem em simples para top rope.
Cuidados com a Corda
A corda requer alguns cuidados. É interessante medir o tamanho exato da corda antes do uso. Se o comprimento aumentar em mais de 10% depois do uso, principalmente depois de uma queda, ela deve ser deixada de lado. Frequentemente inspecione a corda visualmente, buscando danos na capa e apertando, usando o tato para verificar se não há nenhum nódulo ou parte mais vazia.
Quando a corda ficar suja (o que deve ser evitado ao máximo) ela deve ser lavada, para que os cristais de rocha não penetrem na alma e fiquem atritando com esta, agindo como uma lixa. Alem disso, uma corda suja aumenta muito o desgaste dela própria e dos equipamentos que se atritam com elas, como o "8" e mosquetões. Não se deve lavar a corda com sabão (se inevitável, opte por sabão neutro), apenas use água e esfregue (no exterior existem sabões especiais que não atacam as fibras) e não a deixe secar no sol. A corda nunca deve ser guardada úmida, e deve ficar em um lugar seco, arejado e livre de sol direto.
A longa exposição aos raios solares deve ser evitada, uma vez que os raios ultra violeta do sol degradam o nylon mais rapidamente (são um dos maiores inimigos da corda). Para cordas, fitas e equipamentos de nylon em geral, a cor azul é a mais indicada, pois é a que mais reflete os raios UV, melhorando a durabilidade à exposição de raios solares.
Deve-se tomar cuidado para evitar a todo custo o contato da corda com agentes químicos, como gasolina, óleos, ácidos, etc. Teve-se tomar cuidado particularmente com ácidos, principalmente água de bateria, que enfraquecem e degradam rapidamente o polímero, mas no entanto o seu estrago pode dificilmente ser determinado por um exame visual.
A corda possui uma grande resistência a tração, mas não é tão resistente à abrasão. Assim, qualquer canto vivo onde a corda carregada vá apoiar deve ser protegido (como saídas de rapel por exemplo). Um pedaço de mangueira tipo de bombeiro é muito bom para proteção. A corda também não deve em hipótese alguma correr ou friccionar sobre arestas ou pontas cortantes, sob o risco de danificar definitivamente a corda (será necessário cortá-la neste ponto) ou até mesmo colocar a segurança da equipe em risco. Quedas de rocha sobre a corda também podem danificar seriamente a corda. Também deve-se evitar pisar sobre a corda ou jogá-la sobre a areia ou chão de terra. Pisar na corda de alguém é um ato extremamente deselegante.
Crie o hábito de regularmente inspecionar a sua corda de forma visual e apalpando, e não hesite em cortar a corda em algum ponto danificado ou até mesmo de aposentá-la por completo dependendo das condições. Trate a corda com carinho: lembre-se, na maior parte do tempo ela é uma peça fundamental para sua segurança.
Outras questões
Na hora da compra, caso você seja um novato, opte por algo geral e robusto. Uma corda dinâmica de 10,5mm X 50m funcionará muito bem para você. Cordas mais longas, como 60 ou 65m são interessantes caso escale em vias tradicionais de montanha, que em geral envolvem longos rapéis. Na hora de decidir qual o fabricante ou modelo de corda, leve em conta dois fatores que devem vir especificados na embalagem: número de chutes UIAA e força de impacto (como descrito anteriormente). Quanto maior o número de chutes UIAA e menor a força de impacto, melhor a corda, sendo o fator de impacto o parâmetro mais importante. Claro que isso não especifica o quanto resistente à abrasão e durável é a corda, informação sobre a marca que você deve adquirir consultando outros escaladores mais experientes. A corda também deve ser maleável e fácil de atar e desatar nós. Uma boa corda também deve ter um deslizamento relativo entre capa e alma da corda muito pequeno, ou ainda melhor, inexistente. Este é um parâmetro que poucos fabricantes divulgam em sua embalagem. Se você encontrar em uma embalagem a especificação deste teste, conte um ponto positivo para este fabricante.
Como recado final, gostaria de lembrar mais uma vez que qualquer equipamento de escalada só vai funcionar adequadamente se você souber usá-lo. Isso é o mais importante, e disso depende a sua segurança e de seus amigos.
http://www.marski.org/artigos/121-artigos-tecnicos/12-cordas-de-escalada-conhecendo-as-caracteristicas-e-diferencas
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