Os nós descritos aqui são feitos com cordins laçados em torno de cordas e tem a propriedade de correr ao longo destas quando manipulados com essa intenção e travar quando tracionados. Os aparelhos blocantes (ver em Equipamento) foram desenvolvidos para substituir, com vantagem, o uso desses nós. Porém aprender a usar os nós antes dos aparelhos é tão aconselhável quanto saber nadar antes de aprender a surfar...
É importante que os cordins tenham no máximo a metade (o ideal é um terço) da espessura da corda em que serão laçados, do contrário tendem a não travar direito. O mecanismo que faz um nó blocante funcionar é a constrição, o atrito das laçadas de cordim apertando a corda aumenta conforme se aumenta o peso aplicado ao nó, ou seja, quanto mais peso sobre o nó, mais este trava na corda.
Mostraremos três blocantes diferentes (prussik, machard e bachman), cada um adequado para situações diferentes de utilização dos blocantes:
PRUSSIK – É o mais popular, simples e rápido de fazer, entre os nós blocantes. Porém é difícil de destravar depois de tracionado, principalmente com a corda molhada. Por isso é adequado para situações em que se pretenda que continue travado mesmo após cessada a tração.
MACHARD – É menos popular e, talvez, um pouco mais complexo do que o prussik. Em compensação, depois de pronto, tem a vantagem de destravar bem mais fácil mesmo após ser bastante tracionado, embora não chegue a destravar automaticamente cessando a tração, como o bachman, mostrado abaixo.
BACHMAN - É o nó blocante mais fácil para destravar, devido ao perfil do mosquetão entre as laçadas de cordim e a corda, ele chega a destravar mesmo sem manipulação, bastando aliviar a tração aplicada. Isto torna o bachman mais fácil de usar do que o prussik em situações como auto-resgate (ver), porém deve-se ter cuidado ao manipulá-lo, pois caso as laçadas "embolem" ou, ao contrário, abram ao longo do mosquetão (como uma mola esticada) não travará direito ao ser tracionado.
© Stefan Semenoff
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