A diferença entre os nós e as voltas é que os nós se sustentam sozinhos enquanto as voltas necessitam de um suporte, como um mosquetão, para ganharem forma; freqüentemente chamamos as voltas de nó, mas isso é um equivoco!
Oito
O nó oito é o mais utilizado na escalada em rocha sendo o oito recosturado o mais recomendado para o encordoamento (foto 1) por sua facilidade de execução e verificação. Ele também pode ser utilizado para prender um escalador no meio da corda clipando-se um oito duplo à cadeirinha com um mosquetão de trava (foto 2), e para unir duas cordas para o rapel (foto 3).
Azelha
É o nó mais recomendado para a união de duas cordas no rapel (foto 4 -- veja dica para unir duas cordas) por ser de fácil execução e por possuir pouco volume (chamado de “nó cavalgante”), sendo menos propenso a entalar e enroscar em fissuras, quinas e arestas. O azelha simples é comumente utilizado para arrematar a ponta de corda (foto 5).
Pescador duplo
O nó mais utilizado para o fechamento de anel de cordelete (foto 6). Também é bastante utilizado para a união de duas cordas para o rapel (foto 7), mas possui a desvantagem de ser difícil de desatar após tensionado.
Nó de fita
Como o próprio nome diz, este nó é utilizado em fitas, tanto para unir as duas pontas formando um anel de fita como para conectar duas fitas distintas (foto 8).
UIAA, meia-volta de fiel ou nó dinâmico
É uma volta de fricção (foto 9) tradicionalmente utilizada para fazer segurança e rapel, portanto vale a pena saber utilizá-la como backup caso você perca seu aparelho de segurança ou freio. Extremamente versátil, ela permite a rápida transição entre fazer segurança para um escalador e baixá-lo com facilidade. Apesar da praticidade, a sua configuração provoca torções na corda que freqüentemente resultam no famoso “melê”, além de provocar um desgaste maior na corda em função do atrito.
Volta do fiel
Volta de travamento (foto 10), pode ser utilizada pelo escalador para se prender à parada (permite que a distância do escalador à parada seja ajustada com facilidade sem a necessidade de se desclipar), para prender a ponta da corda à ancoragem na transição para o rapel, para fazer um corrimão ou simplesmente quando houver a necessidade de se prender a corda.
Prusik
Volta de fricção (foto 11) feita com anel de cordelete comumente utilizada como backup no rapel, para ascensão de corda fixa e travamento de corda sob tensão.
Prusik francês
Assim como o Prusik, sua versão francesa (foto 12) pode ser utilizada para backup no rapel (veja dica de backup no rapel), sendo esta a técnica mais recomendada para tal pela FEMESP devido à sua agilidade e praticidade.
Boas escaladas!
Samanta Chu
Diretora Técnica
Diretora Técnica
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