Rota das Cachoeiras
História: O Rio Novo nasce nos campos do planalto e despenca até a planície através das montanhas da Serra do Mar, formando diversas quedas d’água. As 14 cachoeiras, que formam a Rota das Cachoeiras, estão localizadas numa área de 100 hectares com desnível aproximado de 600 metros.
Descrição: O ingresso é entregue na entrada do parque e a frente fica o estacionamento, possui local para fazer churrasco e banheiros com chuveiros, o local é organizado e limpo. Com o celular na mão, fomos conhecer as tão famosas cachoeiras de Corupá! Seguindo a trilha pela direita do estacionamento iniciamos nossa caminhada e a primeira cachoeira a ser avistada é a cachoeira Suspiro.
Tivemos uma surpresa, pois não achávamos que as cachoeiras seriam tão bonitas e tão grandes logo de cara. Ao lado esquerdo da cachoeira há outra pequena queda, que provavelmente não deve existe quando o tempo estiver muito seco, pois são poucos os filetes de água que correm por ela. Depois de algumas poses e flashes continuamos a caminhada. Antes de chegar a segunda cachoeira atravessamos uma ponte, que só pra constar, está em perfeito estado, bem como todo o parque...mas voltando as cachoeiras... a segunda chama-se Banheira.
Ainda fico em dúvida se o nome se refere ao local de banho na base da cachoeira ou da formação de pedra em forma arredondada logo no início da queda. Ela é realmente muito bonita! A próxima cachoeira da lista é a Três Patamares.
Que vista! Antes de conhecermos o parque, pesquisamos por fotos na internet, mas nem se esforçando muito as fotos se comparariam àquela visão. Três quedas caindo, uma abaixo da outra formando a grande Três Patamares. Impossível não sentar numa pedra e admirar um pouco mais o visual. Como é lindo este lugar! Mas o tempo é curto e ainda tínhamos onze cachoeiras! Como a Três Patamares é alta, imaginem o tamanho da subida até a próxima cachoeira... me cansa só de lembrar... mas o esforço valia a pena, então prosseguimos até a Pousada do Café:
Não é uma grande queda, mas nem por isso deixou de ser bonita. O rio se divide em duas partes para passar por uma enorme pedra formando assim, duas “quedas-corredeiras”. Sua queda mais volumosa parece com um tobogã natural. Algo simplório, mas que me marcou, é o pé de “alguma coisa” no meio da correnteza e a vegetação cobrindo a pedra que divide o rio dá até a impressão de formar uma pequena ilha. Segundo o folclore do parque, a cachoeira possui este nome porque quando os imigrantes descobriram o local, pararam para descansar e tomar um café. Bem, se isto é verdade ou não eu não sei, mas depois daquela subida, fui praticamente obrigada a parar e tomar um pouco de ar, já que tinham alguns bancos e um pequeno mirante onde víamos a primeira queda da Três Patamares. Com o fôlego recuperado, seguimos pela trilha e a próxima parada era na Cachoeira Repouso.
Neste trecho da rota, sugiro que andem de meias! Assim que chegamos na quinta cachoeira, como sempre, tratei logo de desbravá-la, até porque me parecia um ótimo local para banho, mas na verdade o que eu consegui foi um super hematoma. As pedras estavam muito lisas e meu tênis não foi capaz de me segurar em terra firme e como se tivesse pisado numa banana, cai um super tombo! Tirando a parte ruim da primeira impressão, como eu havia pensado, o local é ótimo para um banho e dá até pra tomar um solzinho nas pedras, se a água não estivesse tão gelada, com certeza teríamos dado um belo mergulho. A cachoeira em si é pequena, parece mais com uma corredeira, mas tem seus encantos! Com dores no corpo, devido ao tombo continuamos nossa caminhada para a sexta cachoeira: Remanso Grande.
Ok, vamos lá! De grande ela não tem nada, mas, na minha opinião é o melhor lugar para tomar banho! Logo depois da pequena queda tem um ótimo local para um mergulho, não tem pedras e a profundidade é razoável. (Acho que vocês já devem ter percebido que eu sou um peixe fora d’água, amo mergulhar e nadar). Remanso Grande é a menor das quedas, mas é impossível dizer que qualquer uma destas cachoeiras não seja interessante, pois cada uma tem sua própria característica tornando-a encantadora a seu modo. O caminho entre as cachoeiras agora tornou-se bem curto e de fácil caminhada, em vista das quatro primeiras cachoeiras, estávamos super felizes. A próxima cachoeira da lista é a Confluência I e Confluência II, que na verdade são duas cachoeiras, a sétima e a oitava. A sétima ou Confluência I é um paredão com por onde caem as águas. Notei que nesta cachoeira a água é mais quente que as demais, talvez por pegar mais sol em seu topo.
Logo na frente desta está a Confluência II, uma espécie de correnteza que dá sequência ao rio e então chega a Remanso Grande. Na minha opinião, é a menos atrativa, se é que podemos falar que um lugar assim não é interessante.
Mas enfim, dando sequência a roteiro, a próxima cachoeira é a Corredeiras.
Corredeiras é uma cachoeira bem bonita, a queda é pequena, porém a força das águas é grande e na base dela, forma-se um pequeno lago que me pareceu um bom lugar para nadar! ~=D A próxima cachoeira é a Cachoeira Tombo (acho que este nome deveria ser da quinta cachoeira.)
Esta cachoeira é realmente muito bonita, tivemos um pequeno trabalho de encharcar os pés e atravessar até o outro lado do rio e fazer pezinho pra subir numa pedra mega lisa só para ver a queda que ficava naquela parte, mas valeu a pena cada mancha de musgo verde que ficaram em nossas roupas! Sentamos na pedra com o sol iluminando e ficamos lá por alguns segundos aproveitando aquele momento de tranquilidade. Acho que posso até definir esta cachoeira com a palavra: tranquilidade! Nossa próxima cachoeira é a Palmito, sabe-se lá Deus porque este nome, já que não vi palmito algum pelas redondezas.
A queda é grande e forte, há uma espécie de mirante para observarmos melhor, já que não podíamos chegar perto dela. Uma cachoeira muito bonita também, uma pequena queda logo acima dela, torna-a parecida com a Três Patamares, só que bem menor. A próxima cachoeira é a Surpresa, que para nossa surpresa, realmente nos surpreendeu. A cachoeira é bem grande, com aproximadamente 30 metros, uma imagem espetacular que para mim, é a segunda cachoeira mais bonita do Parque. E como não podia deixar de fazer, tiramos muitas fotos!!
Agora sim, faltava pouco, só mais duas cachoeiras e teríamos finalmente conhecido a tão famosa Rota das Cachoeiras e poderíamos adicionar mais 14 cachoeiras ao nosso Ranking! Continuamos na trilha, mas para nosso “desapontamento” a 13ª cachoeira estava interditada! Sendo assim, não poderíamos conhecê-la e ficamos apenas com as imagens da internet para nosso consolo =/
Já que não podíamos ver a Boqueirão, partimos direto para a última, tivemos dar umas belas pernadas até ela, pois era mais afastada das demais. Pelo caminho pudemos vê-la pela metade ao longe, e por aí tínhamos uma noção do quão grande ela era e a vontade de chegar logo aumentou depois daquela imagem e quanto mais avançávamos na trilha o barulho das águas caindo era maior e então, depois de sairmos da mata fechada e adentrarmos no clarão de céu aberto, pudemos vê-la, majestosa com toda sua grandeza. Aquilo era muito mais do que podíamos imaginar, muito mais do que qualquer descrição poderia informar. A Salto Grande possui 120 metros, a água antes mesmo de cair perde sua força e torna-se como garoa nos dias de inverno. Ao lado dela havia uma pequena queda por entre o enorme paredão de pedra, a força e o tamanho da queda eram pequenas, porém são lindas. Com certeza Salto Grande é a cachoeira mais bonita que eu já vi em toda minha vida e tudo contribuiu para deixá-la ainda mais encantadora, a vegetação diferente, a forma como o rio seguia seu percurso, o paredão de pedra, nada ali tinha algo a melhorar ou acrescentar, era simplesmente perfeito.
Como chegar: A Rota das Cachoeiras fica na R.P.P.N. Emílio F. Battistella, na cidade de Corupá-SC. Para quem sai de Curitiba e região, o caminho mais curto é seguindo pela BR-116, sentido Porto Alegre, onde ao passar o Município de Mandirituba, pega-se a estrada que liga a BR-116 ao Município de São Bento do Sul, seguindo a partir deste a Corupá, distando este de 35 Km da Reserva Emílio Fiorentino Battistella, Município de Corupá. No meio da serra observar uma igreja branca a esquerda da rodovia (Nossa Senhora do Socorro). Em frente a igreja entrar a direita onde tem uma placa indicando o Paraíso das Águias, seguindo então por este acesso (cuidar na estrada pois a mesma é estreita, com curvas fechadas e declivosa) chegará direto na Reserva (após passar ponte subir á direita).
Demais Informações:
- O valor do ingresso é de R$ 10,00 reais por pessoa (adquirido em um mercado antes de se chegar no parque);
- Horário de funcionamento é das 7h30m às 17h00m;
- Fazendo o caminho mais curto de Curitiba, passa-se por um pedágio com valor de R$ 3,60 reais. (Atualizado em Agosto/2013).
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